em um dos meus aniversários fizeram uma festa lá no stúdio onde trabalhava, sempre fazem isso quando é aniversário de alguém da empresa. cantaram aquela música do “parabéns pra você” compraram uma coca-cola e alguns salgados, me deram abraços, sorrisos e até um presentinho da Natura, valendo ressaltar que a gerente é consultora, então o presente ficou mais barato. whatever, tudo isso para garantir a cerveja paga pelo aniversariante do dia depois do expediente.
era dia vinte seis de uns dois ou três anos atrás, e não tínhamos comemorado aniversário nenhum, era como um outro dia qualquer quando eu e ela subimos as escadas para executarmos a cretina rotina do café da tarde. lá sentados, tomando café, notei -desde aquele dia de manhã- que ela estava mais triste que o normal, triste ela sempre foi, problemática, insegura, carente, essas coisas todas. no silêncio lá de nós dois, comecei a formular perguntas sobre o por que dela estar agindo daquele jeito. sempre analiso as pessoas, para saber a maneira mais branda, ou menos agressiva, de tocar em um assunto, que para ela, pode ser delicado. sou muito insensível ás vezes com isso, não ligo pra nada, acho tudo muito normal e nunca servi para dar conselhos ou consolar. só sei abraçar e repetir a mesma ladainha: “não chora…err…humm…não chorar”. é, sou inútil. por fim, ou início, comecei:
-o que ta acontecendo?!
-nada…
-ta assim desde cedo, o que foi!?
-já disse que não é nada!
silêncio. um silêncio que se fosse escrever numa folha de papel sairia assim:
(
.)
interrompi tentando mudar de assunto dizendo:
-amanhã é aniverssário da andréa, precisamos comprar alguma coisa pra ela.
-poisé, e hoje é o meu...
-(
.)
kkkk Luiz! O Ropenponita tá penponito!
ResponderExcluirAdorei o texto do Café amargo. hahahah
Muito bom. Tadinha. Aí sim vc teve que abraçar né?
hahah