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Uberlândia, Minas Gerais, Brazil
não deixo de lado uma cerveja e todos os prazeres etílicos. não gosto de sexismo, nem de física ou química; gosto de fotografias de crianças, mas me incomodo quando vejo um bando desses na rua, tenho tocs como a maioria. adoro o tempo nublado, detesto sol, detesto chuva, praias e verão, brigo por coisas estúpidas, sou estúpido. gosto de agradar quem eu gosto, e ás vezes, com isso, me fodo. gesticulo e às vezes falo alto, sou um pouco egocêntrico. não tenho o mínimo orgulho de ser brasileiro, e de ter nascido em patos de minas, muito menos me incomodo com isso, simplesmente não ligo. sou bobão, falo coisas que você poderia ter ido dormir hoje sem precisar ter ouvido, e olhando por esse lado devo ser meio insensível, penso. ajo por impulso. poderia viver comigo pra sempre, mas eu sempre te surpreenderia, e essa é uma das minhas únicas certezas.
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sábado, 13 de março de 2010

tá xóia polissial?


tinha tudo pra ser uma noite diferente de todas aquelas a que estávamos acostumados a passar, ou seja, ela prometia ser normal. mas como verão nas próximas linhas, as coisas não foram bem desse jeito... com os amigos que eu tenho aqui, é difícil prever como será uma ida ao bar ou uma simples tarde com pizza e jogos de tabuleiros. a maioria de nós já estava lá de fora bebendo, sentados na varanda, essa mesma em que dias atrás fomos homenageados com uma chuva de ovos pela vizinha do andar de cima. o ar estava bom, ou nem tanto quanto deveria, já que o álcool sempre faz essa coisa de querer esquentar corpos que já estão quentes mais do que precisam, ui. eu adorava ficar lá de fora vendo meus amigos cumprindo seu papel e imaginar que eu, de alguma forma, podia interferir na vida de cada um, e vice versa. mas melhor do que ficar ali, só observando, era fazer parte daquilo tudo! tentei de diversas maneiras segmentá-los em adjetivos nesse parágrafo, mas percebi que tenho um sério problema em tentar transmitir aquilo que sinto para pessoas que gosto muito, até mesmo com as palavras. quando a primeira pessoa decidiu ir embora, não foi. na mesma pressa com que aquele casal desceu as escadas, voltaram dizendo que tinha uma mulher louca na portaria do prédio dizendo que não ia deixar ninguém sair até que a polícia chegasse e prendesse todo mundo por fazermos barulho demais que a impedia de ouvir a novela das oito, quer dizer, alguém lê pra ela a lei 11.106, brasil? não sei quanto às outras pessoas, mas eu estava adorando aquilo tudo. descemos todos à portaria a fim de solucionar/assistir aquela situação. lá, a tal senhora, a mesma da chuva de ovos (do andar de cima) estava aos berros no telefone: "(...) EU TÔ QUERENDO SABER! SE EU POSSO PRENDER ELES! AQUI DENTRO! ATÉ VOCÊS CHEGAREM!?..." (eu respondo: NOT!) "SÃO TANTAS DA MANHÃ E EU NÃO CONSIGO DORMIR E..." e bla, bla, bla, bla, bla. após o policial do outro lado da linha ter explicado com aquele linguajar típico de militância, todo trabalhado no gerundismo, que ela não podia (lógico) prender-nos e coisa e tal, ela saiu da frente da porta e todos que estavam de carro, e ébrios, saíram antes que a polícia aparecesse e a coisa ficasse ainda pior.
no fim ficamos sós nós - seis pessoas. a polícia, ao chegar, foi falar com a nobre senhora dos ovos, que parecia não saber conversar (só se ouviam gritos e vozes com dois ou três tons acima do normal saindo da sua boca murcha e fina). como se não bastasse o bate boca, entra no meio da história o porteiro do prédio, de quem, até então, não se tinha ouvido uma palavra, dizendo que ela tava certa mesmo, que a gente realmente estava fazendo um escândalo e que fazíamos festa todo dia no prédio e não deixávamos ninguém dormir. uma de nossas amigas, com toda a sua elegância, mas sem deixar de lado seu lado vingativo, foi até ele e tentou conversar: afinal tínhamos que conquistar o inimigo, mas pelo que tudo indicava a sementinha do ódio contra nós já estava semeada. a conversa foi tão tensa que fiquei realmente com medo de que a qualquer momento ele descesse um murro na cara dela. a tensão foi tanta que ela não se segurou e começou a chorar. o melhor foi ela depois, no meio de lágrimas e soluços, dizer "e ele ainda me chamou de loira oxigenada, vê se eu ia gastar só dois reais no meu cabelo?". eu, em especial, prefiro a parte em que a irmã de nossa amiga elegante - esbanjando toda magia e sedução - chamou um dos policiais para um canto e, bêbada, pendendo ora pra direita, ora pra esquerda, disse "seu policial..." - é sargento, interrompeu ele - "então, como eu tava dizendo, seu sarrrrrrrrrrrrrrrrrgento...". foi aí que ele nos chamou e perguntou se ela estava com a gente. a vontade era dizer que não, mas como a amizade é grande, dissemos que sim, e ele sugeriu que a tirássemos dali antes que pudesse criar mais confusão do que já tinha. ficaram lá discutindo por mais um tempo sobre a lei do silêncio e bla bla bla, quando tudo terminou fizemos o que qualquer um faria depois de uma situação dessas, fomos pra um bar continuar a nossa noite que só estava começando. mas isso já é assunto pra outro post.

4 comentários:

  1. Eu, o que me achava o tal, o que vive escrevendo, que me gabo por saber escrever, mas que me odeio por não saber designear como vcs, estou boquiaberto. Você acabou de apresentar um show com esse seu post.

    Então aqui estão meus cumprimentos: CLAP CLAP CLAP. (De pé!)

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  2. adorei a descrição da noite! HAHAHAHAHA ;*

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  3. Luiz você escreve tão bem, porque não alimenta mais seu blog... Li este post e fiquei dando risadas e imaginando como foi tudo! Adoro este tipo de leitura, continue...
    Vi seu blog por meio do blog do Cristiano, que vi por meio do blog da Flávia (Pronto Falei) que é minha amiga. Abraços, Melissa.

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